As coisas de Tobias Carvalho (Editora Record, 2019) é o livro de estreia do autor e de cara foi vencedor do prêmio Sesc de Literatura de 2018. É gratificante ter acesso a uma obra como essa por diversos motivos, sendo alguns deles a percepção que através de muita resistência, novos autores estão sendo publicados e pelo fato de "As coisas" ser um livro que abraça a diversidade ao narrar histórias vividas por uma personagem gay de forma a contribuir com a representatividade no meio editorial. As vivências amorosas, sexuais, familiares e profissionais de um homem gay são contadas sem medo de demarcar nossa existência explorando aquilo que temos de comum e de peculiar ao fazer parte da comunidade LGBTQIA+. "As coisas" é um convite para ler com orgulho.
O Tobias Carvalho é de Porto Alegre, cursa Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e já participou de oficinas literárias. Ele chega nesse livro de estreia com uma grande potência ao nos apresentar uma literatura forte, realista e comprometida em contar histórias ainda negligenciadas pela nossa literatura.
Livros que se propõe a contar as histórias das ditas minorias, ainda são vistos como nichos dentro do mercado. Felizmente essa é uma realidade que vem mudando, porque a sociedade está em transição e aqueles a quem essas histórias se referem estão ocupando seus legítimos lugares de escritores das próprias narrativas, de donos de suas próprias histórias e dispostos a diminuir um enorme abismo criado pelos diversos tipos de preconceitos que assolam a sociedade.
Em "As coisas" quando Tobias Carvalho escreve sobre o descobrir-se gay, sobre o primeiro beijo, as primeiras relações, as vivências positivas e negativas com os familiares, sobre os amigos que muitas vezes se tornam referências de relação familiar, do uso dos aplicativos e primeiras vivências sexuais em saunas, banheiros, parques, ele está escrevendo sobre as histórias de milhares de pessoas que até então não se viam representadas na literatura. A importância da representatividade é algo inegável, pois uma tomada de decisão de representar ou não uma parcela da sociedade nas artes é uma tomada de decisão que ´pode contribuir com a invisibilização das pessoas, com a demonização de alguns corpos, com a desumanização que é pai e mãe de tantas violências sofridas pela comunidade LGBTQIA+.
"As coisas" é um daqueles livros que falam sobre nós e que pode ser lido por qualquer um, pois nossas histórias também carregam todas as simbologias e reviravoltas que nos fazem humanos e partes de uma sociedade. Com nossas histórias também se aprende, se emociona, se mira e se surpreende. E nada melhor do que a literatura para tirar essas narrativas dos porões, das noções de pecado e colocar em palavras toda a potência e beleza de ser e estar no mundo com todas as cores.
O Tobias Carvalho é de Porto Alegre, cursa Relações Internacionais na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e já participou de oficinas literárias. Ele chega nesse livro de estreia com uma grande potência ao nos apresentar uma literatura forte, realista e comprometida em contar histórias ainda negligenciadas pela nossa literatura.
Livros que se propõe a contar as histórias das ditas minorias, ainda são vistos como nichos dentro do mercado. Felizmente essa é uma realidade que vem mudando, porque a sociedade está em transição e aqueles a quem essas histórias se referem estão ocupando seus legítimos lugares de escritores das próprias narrativas, de donos de suas próprias histórias e dispostos a diminuir um enorme abismo criado pelos diversos tipos de preconceitos que assolam a sociedade.
Em "As coisas" quando Tobias Carvalho escreve sobre o descobrir-se gay, sobre o primeiro beijo, as primeiras relações, as vivências positivas e negativas com os familiares, sobre os amigos que muitas vezes se tornam referências de relação familiar, do uso dos aplicativos e primeiras vivências sexuais em saunas, banheiros, parques, ele está escrevendo sobre as histórias de milhares de pessoas que até então não se viam representadas na literatura. A importância da representatividade é algo inegável, pois uma tomada de decisão de representar ou não uma parcela da sociedade nas artes é uma tomada de decisão que ´pode contribuir com a invisibilização das pessoas, com a demonização de alguns corpos, com a desumanização que é pai e mãe de tantas violências sofridas pela comunidade LGBTQIA+.
"As coisas" é um daqueles livros que falam sobre nós e que pode ser lido por qualquer um, pois nossas histórias também carregam todas as simbologias e reviravoltas que nos fazem humanos e partes de uma sociedade. Com nossas histórias também se aprende, se emociona, se mira e se surpreende. E nada melhor do que a literatura para tirar essas narrativas dos porões, das noções de pecado e colocar em palavras toda a potência e beleza de ser e estar no mundo com todas as cores.
Concordo com suas palavras. Este livro deve ser lido e celebrado. Fiquei cativado pelas fotos, que mostram um livro muito bonito, bem realizado materialmente. Acho isso muito importante também.
ResponderExcluirOs destaques que você deu sobre a importância do lugar de fala e do compartilhamento de experiências é de fato algo poderoso. Aumentou ainda mais a vontade de ler esse livro. Um abraço!
Grato pelo comentário e pela visita Samuca. Leia que não vai se arrepender. A escrita do Tobias é surpreendente.
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