Bernice corta o cabelo é um conto do aclamado escritor americano F. Scott Fitzgerald que ganhou uma edição muito bem produzida pela editora Lote 42. O projeto gráfico é super divertido e as ilustrações que ficaram a cargo da Mika Takahashi, artista que possui experiência com quadrinhos congelou momentos interessantes da história e ampliou seu pertencimento temporal.
Essa edição conseguiu fazer algo muito interessante, que foi pegar uma história clássica, de um escritor clássico, encaixar em um projeto gráfico moderno e diferente. Transformaram um conto dos anos 20 em uma história que prende qualquer adolescente e jovem adulto leitor de 2019. Tiveram a sacada de inserir um marcador de páginas todo desfiado e que remete aos cabelos do título da obra.
Todas essas estratégias contribuem com sucesso para imersão em uma história sobre mulheres, sociedade, juventude, relacionamentos, aparência, entre outros. A partir da frase de Oscar Wilde "Tudo que podemos fazer pelas pessoas é alimentá-las, diverti-las ou chocá-las." e que inclusive é dita por uma das personagens, vamos acompanhando a evolução de Bernice que decide embarcar na aventura de experimentar outros códigos sociais que desafiam inclusive sua criação.
Inicia-se uma discussão sutil sobre os diversos tipos de feminilidades, sobre o que é ser mulher e quais são os jogos que se tem que seguir para ser reconhecida como. Nesse quesito os cabelos longos se tornam uma ótima metáfora para falar sobre mulheres, em uma época que cortar o cabelo era ato de rebeldia (tem gente que ainda se assusta).
Toda essa trama é construída em cima de um período de férias e da convivência entre duas primas de personalidades totalmente diferentes e com visões de mundo destoantes. A conclusão da história é incrível e me deu aquilo que eu esperava que acontecesse para respeitar Bernice.
Essa edição conseguiu fazer algo muito interessante, que foi pegar uma história clássica, de um escritor clássico, encaixar em um projeto gráfico moderno e diferente. Transformaram um conto dos anos 20 em uma história que prende qualquer adolescente e jovem adulto leitor de 2019. Tiveram a sacada de inserir um marcador de páginas todo desfiado e que remete aos cabelos do título da obra.
Todas essas estratégias contribuem com sucesso para imersão em uma história sobre mulheres, sociedade, juventude, relacionamentos, aparência, entre outros. A partir da frase de Oscar Wilde "Tudo que podemos fazer pelas pessoas é alimentá-las, diverti-las ou chocá-las." e que inclusive é dita por uma das personagens, vamos acompanhando a evolução de Bernice que decide embarcar na aventura de experimentar outros códigos sociais que desafiam inclusive sua criação.
Inicia-se uma discussão sutil sobre os diversos tipos de feminilidades, sobre o que é ser mulher e quais são os jogos que se tem que seguir para ser reconhecida como. Nesse quesito os cabelos longos se tornam uma ótima metáfora para falar sobre mulheres, em uma época que cortar o cabelo era ato de rebeldia (tem gente que ainda se assusta).
Toda essa trama é construída em cima de um período de férias e da convivência entre duas primas de personalidades totalmente diferentes e com visões de mundo destoantes. A conclusão da história é incrível e me deu aquilo que eu esperava que acontecesse para respeitar Bernice.
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