A mão e a luva de Machado de Assis - edição de aniversário da TAG - Experiências Literárias me trouxe várias surpresas. Sou apaixonado por romance enquanto gênero literário e por romance enquanto livro de amor romântico mesmo e a mão e a luva vem com esses elementos de uma forma muito gostosa de ler.
Surpresa 1: O contato com uma escrita e um português que já não se usa tanto mas que nos faz embarcar numa história ambientada em outra época, com outros costumes e até com palavras quase mortas pelo desuso. E isso não quer dizer que é um livro difícil porque não é.
Surpresa 2: Em uma história aparentemente simples e que retrata a saga da lindíssima Guiomar para escolher seu futuro marido (que são três pretendentes) adentramos também na Corte dos idos de 1870 e é possível fazer um retrato da cidade, das pessoas, do modo de se relacionar e das aspirações de um país que ainda tinha/tem muito o que evoluir enquanto nação.
Surpresa 3: A personagem Guiomar, que é cortejada por Luís, Estêvão e Jorge é retratada como uma mulher decidida, de personalidade forte e muito ciente do que quer para sua vida, o que vai na contramão das histórias da mesma época que colocavam a mulher, até pelo contexto histórico, em uma posição de submissão aos desejos da família e em busca de um casamento para viver "feliz para sempre". No livro Guiomar é quem tem cada um dos homens em suas mãos e independente da personalidade de cada um, é ela quem vai dando o tom para que sua escolha seja feita. Um dos pretendentes chega a ser retratado de uma forma tão submissa, dramática e no limite do romantismo que beira o teatro grego.
Em tempos em que o toque de mãos entre um homem e uma mulher era o ápice da intimidade a mão e a luva nessa narrativa pertencem a uma mesma pessoa, e tanto a mão como a luva são de Guiomar que através das estratagemas de uma mulher que conhece o poder que tem desenha sua própria vida até chegar ao encontro de seu desejo.
Surpresa 1: O contato com uma escrita e um português que já não se usa tanto mas que nos faz embarcar numa história ambientada em outra época, com outros costumes e até com palavras quase mortas pelo desuso. E isso não quer dizer que é um livro difícil porque não é.
Surpresa 2: Em uma história aparentemente simples e que retrata a saga da lindíssima Guiomar para escolher seu futuro marido (que são três pretendentes) adentramos também na Corte dos idos de 1870 e é possível fazer um retrato da cidade, das pessoas, do modo de se relacionar e das aspirações de um país que ainda tinha/tem muito o que evoluir enquanto nação.
Surpresa 3: A personagem Guiomar, que é cortejada por Luís, Estêvão e Jorge é retratada como uma mulher decidida, de personalidade forte e muito ciente do que quer para sua vida, o que vai na contramão das histórias da mesma época que colocavam a mulher, até pelo contexto histórico, em uma posição de submissão aos desejos da família e em busca de um casamento para viver "feliz para sempre". No livro Guiomar é quem tem cada um dos homens em suas mãos e independente da personalidade de cada um, é ela quem vai dando o tom para que sua escolha seja feita. Um dos pretendentes chega a ser retratado de uma forma tão submissa, dramática e no limite do romantismo que beira o teatro grego.
Sonhará uns amores de romance quase impossíveis? digo-lhe que faz mal, que é melhor, muito melhor contentar-se com a realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir.
Em tempos em que o toque de mãos entre um homem e uma mulher era o ápice da intimidade a mão e a luva nessa narrativa pertencem a uma mesma pessoa, e tanto a mão como a luva são de Guiomar que através das estratagemas de uma mulher que conhece o poder que tem desenha sua própria vida até chegar ao encontro de seu desejo.
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