O Alforje de Bahiyyih Nakhjavani (TAG - Experiências Literárias, 2018) é um livro belíssimo a começar pelo projeto gráfico que conta com as ilustrações de Adriano Rampazzo. Não só a capa serve para apresentar o que está por vir como as 6 primeiras páginas do livro, que como os créditos de um filme vão conduzindo o leitor para o clima da história. O Alforje é um livro iraniano, então não dá pra deixar de citar também o trabalho do tradutor Rubens Figueiredo. A publicação pois apresenta um glossário com diversas palavras que fogem a nosso entendimento tanto por questões linguísticas como culturais. É um livro de encher os olhos.
A escrita de Bahiyyih Nakhjavani é algo tão rebuscado e mágico que flerta com a grandiosidade de alguns textos sagrados, dos contos de fadas e tem aquele tom de as mil e uma noites.
No início acontece algo que irá ser o fio condutor de todo o restante do livro, e a partir daí cada capítulo recebe o nome de uma personagem importante da história que de alguma forma está ligado ao incidente e que tem um lado da história para narrar. Então ao mesmo tempo que conhecemos um outro lado da história, também conhecemos um pouco da história de cada personagem.
O livro é uma grande viagem que acompanha os desafios e perigos de uma caravana pelo deserto em direção a Meca. No início temos a impressão de ser um livro de contos, pois sua condução nos leva a crer que seja, mas apesar de flertar com a estrutura de um conto, cada capítulo está interligado ao outro e vai apresentando elementos importantes para entendimento da narrativa. É um romance contado por nove personagens diferentes e que estão interligados por um mesmo objeto:o Alforje.
É um romance e também uma belíssima contação de histórias. Bahiyyih dá voz a personagens que olham para uma mesma cena e um mesmo objeto que passa por diversas mãos. Cada mão que chega ao Alforje nos mostra a percepção sobre a vida, a importância da crença, origem e religião. A autora coloca 9 percepções diferentes de vida para no fim mostrar como a individualidade também é importante para entender a coletividade.
Alberto Manguel, que foi o curador da TAG e portanto responsável pela indicação do Alforje arremata a questão ao dizer que "é um retrato profundo da nossa humanidade, de onde quer que nos encontremos. Especialmente hoje, quando os conflitos são cotidianos, a obra de Nakhjavani afirma a possibilidade de convivência."
A escrita de Bahiyyih Nakhjavani é algo tão rebuscado e mágico que flerta com a grandiosidade de alguns textos sagrados, dos contos de fadas e tem aquele tom de as mil e uma noites.
No início acontece algo que irá ser o fio condutor de todo o restante do livro, e a partir daí cada capítulo recebe o nome de uma personagem importante da história que de alguma forma está ligado ao incidente e que tem um lado da história para narrar. Então ao mesmo tempo que conhecemos um outro lado da história, também conhecemos um pouco da história de cada personagem.
O livro é uma grande viagem que acompanha os desafios e perigos de uma caravana pelo deserto em direção a Meca. No início temos a impressão de ser um livro de contos, pois sua condução nos leva a crer que seja, mas apesar de flertar com a estrutura de um conto, cada capítulo está interligado ao outro e vai apresentando elementos importantes para entendimento da narrativa. É um romance contado por nove personagens diferentes e que estão interligados por um mesmo objeto:o Alforje.
É um romance e também uma belíssima contação de histórias. Bahiyyih dá voz a personagens que olham para uma mesma cena e um mesmo objeto que passa por diversas mãos. Cada mão que chega ao Alforje nos mostra a percepção sobre a vida, a importância da crença, origem e religião. A autora coloca 9 percepções diferentes de vida para no fim mostrar como a individualidade também é importante para entender a coletividade.
Alberto Manguel, que foi o curador da TAG e portanto responsável pela indicação do Alforje arremata a questão ao dizer que "é um retrato profundo da nossa humanidade, de onde quer que nos encontremos. Especialmente hoje, quando os conflitos são cotidianos, a obra de Nakhjavani afirma a possibilidade de convivência."
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