Diário de um Fescenino do Rubem Fonseca (Companhia das Letras, 2003) é a minha 25ª leitura do ano e primeiro livro do Rubem que leio. Cheguei a esse livro por conta de uma estratégia de divulgação de leituras da Biblioteca Central da UFMG que sempre funciona comigo. De tempos em tempos os bibliotecários selecionam um tema pra ficar de destaque nos expositores e o dessa vez foi escritores mineiros. Gosto de olhar essas indicações e sempre saio com o livro que me chama e o diário do Rubem Fonseca me chamou.
Fescenino é aquele que tem caráter obsceno, licencioso, devasso. Em uma outra significação dicionarizada pode ser interpretado também como gênero de versos licenciosos e injuriosos. É diante dessa dualidade que Rubem Fonseca brinca com a escrita e nos entrega um texto aparentemente livre regras e preciosismos.
O livro é literalmente um diário. Cada texto começa com uma data e nos oferece o dia a dia de um escritor chamado Rufus. Durante sua carreira literária Rufus conseguiu emplacar um livro de sucesso, o seu primeiro, e dele se sucederam mais quatro títulos que não forem bem recebidos pela crítica. O autor passa a viver da renda desse seu primeiro feito literário e viver na busca de seu próximo grande livro, mas essa perseguição é ofuscada por uma série de relacionamentos apenas sexuais e uma vida reclusa socialmente.
O texto é ácido, cheio de críticas, humor e ironias que tem como fundo a própria criação literária. Rufus vai jogando episódios de sua vida sem preocupação com linearidade (além da estrutura de diário) e conjuga acontecimentos simplórios com acontecimentos devassos e até violentos com a mesma energia de quem cita uma receita de bolo.
O Diário de um Fescenino deixa o leitor com a impressão de estar revelando o próprio Rubem Fonseca sob a máscara de Rufus. Essa sede do leitor de tentar desvendar o autor pelo que ele escreve é algo muito criticado no livro.
Fescenino é aquele que tem caráter obsceno, licencioso, devasso. Em uma outra significação dicionarizada pode ser interpretado também como gênero de versos licenciosos e injuriosos. É diante dessa dualidade que Rubem Fonseca brinca com a escrita e nos entrega um texto aparentemente livre regras e preciosismos.
O livro é literalmente um diário. Cada texto começa com uma data e nos oferece o dia a dia de um escritor chamado Rufus. Durante sua carreira literária Rufus conseguiu emplacar um livro de sucesso, o seu primeiro, e dele se sucederam mais quatro títulos que não forem bem recebidos pela crítica. O autor passa a viver da renda desse seu primeiro feito literário e viver na busca de seu próximo grande livro, mas essa perseguição é ofuscada por uma série de relacionamentos apenas sexuais e uma vida reclusa socialmente.
O texto é ácido, cheio de críticas, humor e ironias que tem como fundo a própria criação literária. Rufus vai jogando episódios de sua vida sem preocupação com linearidade (além da estrutura de diário) e conjuga acontecimentos simplórios com acontecimentos devassos e até violentos com a mesma energia de quem cita uma receita de bolo.
O Diário de um Fescenino deixa o leitor com a impressão de estar revelando o próprio Rubem Fonseca sob a máscara de Rufus. Essa sede do leitor de tentar desvendar o autor pelo que ele escreve é algo muito criticado no livro.
Nada tenho a ver com as coisas que são ditas nos meus livros.
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