Noites em (azul) claro (Editora Passarinho, 2018) da Júlia Loyola e com ilustrações de Santiago Régis é quase um conto de fadas moderno. No livro, somos apresentados à história de amor de dois jovens: Lawrence e Neville. Assim como algumas paixões nascem e se tornam amor, vamos assistindo ao florescer de uma relação que enfrenta desafios improváveis. Lawrence e Neville são muito felizes quando estão juntos, a conversa flui, a tensão dos sentimentos sempre presente, assim como a intensa necessidade do toque e da troca de beijos. Até aí nada que dificultaria o relacionamento dos garotos, a não ser o fato de que eles só se encontram a noite, depois de adormecer, em seus sonhos mais profundos.
A partir daí, nós leitores também passamos a esperar ansiosos pela hora de dormir, como crianças que só dormem depois que um adulto vem contar uma história. Os momentos vividos por Lawrence e Neville são tão ternos, bonitos e apaixonantes que fazem a gente suspirar e torcer para que aquela história tenha algo de real sem perder a magia que a pinta em tons de azul claro.
A dúvida acompanha os dois garotos e também a gente. Lawrence se pergunta silenciosamente se Neville é real ou fruto de sua imaginação, uma manifestação de seus desejos mais íntimos, enquanto Neville também faz o mesmo de outras formas, pois os jovens tem personalidades bem diferentes. A cada novo encontro novas peças vão se encaixando e vamos ficando íntimos dos anseios das personagens e de detalhes de suas vidas que podem ou não explicar o fenômeno.
As ilustrações do Santiago Régis para esse livro, que resolveu apostar em colagens casam perfeitamente com a trama, pois é como se estivéssemos diante de um quebra cabeça, de um jogo de montar. Lawrence, que é um personagem que acompanhamos mais de perto também é muito bem representado nas ilustrações, pois é um garoto apaixonado pela concisão da matemática e se vê envolto numa trama que o faz perceber que a matemática também está sujeita a outras probabilidades.
"Noites em (azul) claro" faz uma interessante metáfora com o que é ou pode ser o amor em suas diversas formas de se manifestar. Uma metáfora que pode ser do amor como um sonho ou da famigerada busca por aquele amor dito "dos sonhos".
Sempre que me deparo com uma história assim, que trata da diversidade, da homo afetividade com a naturalidade e beleza que merece ser tratada fico muito contente e pensando em todos os adolescentes e jovens que terão a oportunidade de se verem representados na literatura para além dos estereótipos.
Acontece que o amor não é fácil, e assim como tudo nessa viagem maluca que é viver, está sujeito a intempéries e acontecimentos que nos fazem parecer estar sonhando acordado, que as vezes nos faz acordar sobressaltado de um pesadelo e isso tudo faz parte. A Júlia Loyola fala sobre crescimento, formação e como a vida é um eterno se perder para depois se reencontrar.
A partir daí, nós leitores também passamos a esperar ansiosos pela hora de dormir, como crianças que só dormem depois que um adulto vem contar uma história. Os momentos vividos por Lawrence e Neville são tão ternos, bonitos e apaixonantes que fazem a gente suspirar e torcer para que aquela história tenha algo de real sem perder a magia que a pinta em tons de azul claro.
A dúvida acompanha os dois garotos e também a gente. Lawrence se pergunta silenciosamente se Neville é real ou fruto de sua imaginação, uma manifestação de seus desejos mais íntimos, enquanto Neville também faz o mesmo de outras formas, pois os jovens tem personalidades bem diferentes. A cada novo encontro novas peças vão se encaixando e vamos ficando íntimos dos anseios das personagens e de detalhes de suas vidas que podem ou não explicar o fenômeno.
As ilustrações do Santiago Régis para esse livro, que resolveu apostar em colagens casam perfeitamente com a trama, pois é como se estivéssemos diante de um quebra cabeça, de um jogo de montar. Lawrence, que é um personagem que acompanhamos mais de perto também é muito bem representado nas ilustrações, pois é um garoto apaixonado pela concisão da matemática e se vê envolto numa trama que o faz perceber que a matemática também está sujeita a outras probabilidades.
"Noites em (azul) claro" faz uma interessante metáfora com o que é ou pode ser o amor em suas diversas formas de se manifestar. Uma metáfora que pode ser do amor como um sonho ou da famigerada busca por aquele amor dito "dos sonhos".
Sempre que me deparo com uma história assim, que trata da diversidade, da homo afetividade com a naturalidade e beleza que merece ser tratada fico muito contente e pensando em todos os adolescentes e jovens que terão a oportunidade de se verem representados na literatura para além dos estereótipos.
Acontece que o amor não é fácil, e assim como tudo nessa viagem maluca que é viver, está sujeito a intempéries e acontecimentos que nos fazem parecer estar sonhando acordado, que as vezes nos faz acordar sobressaltado de um pesadelo e isso tudo faz parte. A Júlia Loyola fala sobre crescimento, formação e como a vida é um eterno se perder para depois se reencontrar.
Adorei a resenha <3
ResponderExcluirQue bom que gostou!
ExcluirParabéns pelo projeto.
ExcluirRafa, que lindeza!^^
ResponderExcluirQue bom que gostou. Parabéns pela edição.
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