Les Aventures de Tintin: Les Cigares du Pharaon de Hergé (Editora Casterman, 2011) é mais uma publicação do clássico personagem dos quadrinhos Tintim. Tenho em mãos a edição francesa de Les Cigares du Pharaon que no Brasil foi lançada como Os charutos do Faraó pela Quadrinhos na Cia, selo da Companhia das Letras. A primeira publicação desse quadrinho é de 1934.


As publicações em quadrinhos já são por si só um deleite para os olhos. A ilustração entra como protagonista e é muito importante para toda a narrativa. As ilustrações de quadrinhos tem o objetivo de ajudarem a contar com riqueza de detalhes cada cena da história, como num frame de cinema. 

Levados por um egiptólogo excêntrico, Tintim e Milu saem em busca do túmulo perdido do faraó Ki-Oskh, nas areias do deserto do Cairo. Mas a descoberta arqueológica á apenas a fachada de uma perigosa rede internacional de traficantes, que esconde em seus porões caixas e mais caixas de misteriosos charutos. Para salvar a própria pele e desmascarar a quadrilha, Tintim e Milu velejam de sarcófago, cruzam o deserto a pé, pilotam um avião e até andam de elefante, entre outras peripécias pelo Oriente.


A guarda dessa publicação é muito bonita. Fazer a observação da capa como de costume e virar a página pra uma guarda ilustrada como essa é um belo convite à leitura. Aqui o designer fez uso muito criativo das ilustrações do próprio Hergé (que é autor e ilustrador de seus quadrinhos) ao criar na guarda a representação de uma parede com diversos quadros. Os quadros servem para ambientar o leitor na história e de quebra apresentar as personagens  de Les Cigares du Pharaon. É como se depois de apreciar aquela parede repleta de quadros, pé ante pé, encontrássemos uma porta para enfim entrar na história do livro. Não sei se a edição nacional segue com a mesma diagramação e espero que sim.