O livro que te escrevi de Gui Henrique (Sete Autores Editora, 2019) é um livro de poesias que flerta com a musa, a musa da poesia lírica, onde expõe o seu amor sem medo do demonstrar, do sentir, do adorar que tem como objetivo a vivência extrema da paixão.

Que me importa o fim da tarde, se em teus lábios é sempre meia noite.


A poesia de Gui olha a musa de longe, a ilustra nos detalhes mais importantes, redesenha mentalmente sua tatuagem e quando se aproxima é por vias do próprio sentir do poeta que relembra e se revisita para escrever, como se o escrever fosse a declaração de amor definitiva.

Nosso poeta relembra momentos, beijos, toques da pele, vozes, transas, desentendimentos como partes das relações e ingredientes da tinta que registra os dias a dois ou o se apaixonar por alguém. "Se houvesse honestidade no mundo, talvez eu contasse o medo que tenho de te perder e, se houvesse honestidade no mundo, não seria tão complicado querer o teu abraço e nem seria tão errado não querer soltá-lo."



Lendo nos inspiramos ao ver o poeta inspirado e imaginamos quais traços são de experiências vividas e quais são exercícios do brincar e mentir com as palavras dos poetas. Gui se mostra e se esconde no meio dos versos e convida céu, lua, estrelas e universos para compactuar com sua escrita.