Nada (TAG - Experiências Literárias, 2018) da Carmen Laforet é um livro que literalmente não esperava praticamente nada e acabei diante de uma das melhores leituras desse ano. Só consegui me desgrudar do livro depois que o terminei.
"Nada" foi escrito no ano de 1944 quando Carmen tinha apenas 23 anos de idade e hoje é considerado um dos grandes clássicos da literatura europeia. Venceu a primeira edição do Prêmio Nadal.
A história se passa numa Espanha pós guerra civil, portanto, a história é permeada por situações limite de um país que está renascendo das cinzas e dos destroços. Na história acompanhamos Andrea, uma jovem orfã que se muda para Barcelona para poder estudar o curso de Letras. A moça chega à cidade com esperanças de viver uma nova vida e o que encontra é uma família desestruturada e doente por conta das consequências da guerra, sendo um dos principais desafios a própria fome.
O livro possui passagens bem violentas, mas que Laforet descreve com uma banalidade que chega a nos incomodar e que pode ter sido com a intenção de representar a violência como cotidiano e o anestesiamento emocional de mentes que passaram pelos horrores de uma guerra.
A genialidade da escrita de Carmen Laforet está ao falar de política sem falar de política. Ao descrever a casa da avó de Andrea em todo seu estado decrépito, Carmen está descrevendo a própria Barcelona do pós guerra. Quando descreve a avó de Andrea aquebrantada e seus tios e demais parentes com sérios problemas psíquicos, de convivência e que explodem em episódios dramáticos de violência moral e física, Laforet está descrevendo um país vivendo os resquícios de uma guerra. É como se aquele casarão decadente, sujo e com pessoas desesperadas fosse um microcosmo para representar a própria sociedade adoecida pela guerra e seu jogo político.
"Nada" foi escrito no ano de 1944 quando Carmen tinha apenas 23 anos de idade e hoje é considerado um dos grandes clássicos da literatura europeia. Venceu a primeira edição do Prêmio Nadal.
A história se passa numa Espanha pós guerra civil, portanto, a história é permeada por situações limite de um país que está renascendo das cinzas e dos destroços. Na história acompanhamos Andrea, uma jovem orfã que se muda para Barcelona para poder estudar o curso de Letras. A moça chega à cidade com esperanças de viver uma nova vida e o que encontra é uma família desestruturada e doente por conta das consequências da guerra, sendo um dos principais desafios a própria fome.
O livro possui passagens bem violentas, mas que Laforet descreve com uma banalidade que chega a nos incomodar e que pode ter sido com a intenção de representar a violência como cotidiano e o anestesiamento emocional de mentes que passaram pelos horrores de uma guerra.
A genialidade da escrita de Carmen Laforet está ao falar de política sem falar de política. Ao descrever a casa da avó de Andrea em todo seu estado decrépito, Carmen está descrevendo a própria Barcelona do pós guerra. Quando descreve a avó de Andrea aquebrantada e seus tios e demais parentes com sérios problemas psíquicos, de convivência e que explodem em episódios dramáticos de violência moral e física, Laforet está descrevendo um país vivendo os resquícios de uma guerra. É como se aquele casarão decadente, sujo e com pessoas desesperadas fosse um microcosmo para representar a própria sociedade adoecida pela guerra e seu jogo político.
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