Em “Tem visita no Condomínio dos Monstros” de Alexandre de Castro Gomes e Cris Alhadeff (Editora RHJ, 2018) retornamos ao prédio roxo onde moram o esqueleto, o vampiro, a mula sem cabeça, o lobisomem, o Saci, o Frankenstein, o bicho-papão, a bruxa e o fantasma. E dessa vez, não voltamos sozinho. O condomínio está recebendo uma visita e até mesmo Zé Chico, o porteiro, ficou surpreso com a aproximação de alguém do tão temido endereço dos monstros.


Rua Mortinho da Silva, nº 13. Era o que estava escrito no papel amassado revelado pela luz da lua cheia. Não havia poste de iluminação naquele trecho de calçada e as sombras não permitiam ver quem passava àquela hora. O vulto tornou a guardar o endereço no bolso e levantou o volumoso objeto que pousara no chão.
A visita que chega ao condomínio dos monstros é uma múmia aymara, prima da múmia que aparece no primeiro livro e que já não mora mais no prédio. Sem ter onde ficar, pois pretendia passar uns milênios na casa da prima, a múmia irá aceitar a oferta de hospedagem de cada um dos monstros que vivem no condomínio. Acontece que a cada casa que ela passa, vai descobrindo um modo de viver, uma mania, que a incomoda profundamente.

Partindo das manias exóticas de cada um dos monstros, os autores convidam os leitores para através da brincadeira e da diversão, realizar uma discussão sobre o autoconhecimento, respeito às diferenças e à individualidade. Quem não tem a sua mania?

A série “condomínio dos monstros” faz um ótimo uso da figura dos monstros para se aproximar das crianças. Através do fascínio das crianças pelos monstros e criaturas folclóricas, os autores conseguem transportar as crianças para a pele dos personagens e vivenciar os dilemas e as aventuras que o livro propõe.