Verões felizes: rumo ao sul! com roteiro de Zidrou e ilustrações de Jordi Lafebre é o primeiro volume de uma série de quadrinhos que acompanha a história da família Faldérault durante seus períodos de férias. Texto e imagens carregam um clima de saudosismo e afeto que servem de pano de fundo para o desfilar de situações e emoções que fazem parte de toda família. Com um texto sensível, engraçado e inteligente, Zidrou consegue transformar o banal em algo extraordinário.


O pai da família é um roteirista e ilustrador de quadrinhos que sonha com o dia em que suas histórias vão fazer um grande sucesso. A mãe é uma vendedora de chinelos frustrada com o rumo de sua carreira. Os dois tem quatro filhos. No momento em que o quadrinho começa, esses pais estão em um momento no futuro, que não sabemos exatamente qual, mas no mesmo lugar que sempre passaram as férias com as crianças. Idosos (e sem as crianças) eles olham para aquela paisagem tão familiar para no frame seguinte olhar diretamente nos olhos dos leitores, como quem pousa para uma fotografia. E então começam a lembrar do verão de 1973...


Enquanto o pai termina às pressas um trabalho, as crianças estão inquietas pela casa esperando o momento de entrar no carro para começarem a viagem de férias. Assim que o pai termina, o destino é escolhido por todos com empolgação e em voz alta: “Sol, queremos sol”. E então partem para rumos do sul. 
Boa parte da história se passa com a família dentro do carro, onde cantam, brigam, riem e choram. Os pais, que estão passando por uma crise conjugal, tentam esconder a questão dos filhos para darem a eles as melhores férias possíveis, mas cometem o erro comum de subestimarem a percepção das crianças. Principalmente a percepção para a tristeza.


O autor transita por temas familiares universais, mostrando que a vida e as relações são como uma montanha russa com seus altos e baixos. Enquanto as crianças lidam com as questões das dores e descobertas da infância, os pais lidam com as dores e descobertas da vida adulta, ao mesmo tempo que precisam transformar o mês de férias em felicidade.